• Rennan A. Julio
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Gabriel Braga, CEO e cofundador do QuintoAndar (Foto: Divulgação)

Gabriel Braga, CEO e cofundador do QuintoAndar (Foto: Divulgação)

O QuintoAndar é o mais novo unicórnio brasileiro. Após uma rodada de investimentos de US$ 250 milhões, liderada pelo fundo japonês Softbank Group, a startup de locação de imóveis entrou para o seleto grupo de empresas com valor de mercado de ao menos US$ 1 bilhão.

Além do Softbank, também participaram da rodada os fundos Kaszek Ventures, da Argentina, e General Atlantic, dos Estados Unidos. De acordo com Gabriel Braga, CEO e fundador do QuintoAndar, a conquista mostra que a startup está “no caminho certo”. Chegar ao “título” de unicórnio serviu de motivação para a companhia. “Dá a sensação de ter completado uma etapa, mas é só o começo. Agora é comemorar e pensar no que está por vir”.

Segundo Braga, o novo aporte chega para acelerar os planos de expansão da companhia. Em um primeiro momento, o foco será o mercado nacional, buscando aumentar a presença da startup nas regiões Norte e Nordeste — atualmente, a empresa está presente em 25 cidades do país, incluindo São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Belo Horizonte (MG), Brasília (DF) e Porto Alegre (RS).

O segundo passo é finalmente levar o QuintoAndar para fora do Brasil. O empreendedor diz que não há um país definido neste momento para dar início à expansão internacional, mas que acredita ser “provável que ela comece na América Latina”. “Vamos colocar o pé ‘lá fora’ em algum momento do ano que vem”, afirma Braga.

O dinheiro também chega para a empresa trabalhar no desenvolvimento de novos produtos. A ideia, diz o empresário, é aproveitar a base de 4,5 mil contratos de aluguel para pensar em novas soluções. Quais? Braga não dá muitos detalhes sobre o que vem pela frente. Usa de exemplo, entretanto, a plataforma para parcerias com imobiliárias, novidade lançada no começo do ano.

Sede do QuintoAndar, mais novo unicórnio brasileiro (Foto: Divulgação)

Sede do QuintoAndar, o mais novo unicórnio brasileiro (Foto: Divulgação)

Outra possibilidade é trabalhar em produtos que ajudem proprietários a melhorar a qualidade dos seus imóveis, conectando os donos dos imóveis a parceiros para obras, por exemplo. “Ainda está um pouco abstrato, mas de maneira geral enxergamos a oportunidade de oferecer avanços e reinventar modelos de negócio para a indústria”, diz.

Os US$ 250 milhões também chegam para novas contratações. Se no último ano a empresa saltou de 300 funcionários para 1 mil, a ideia é que esse número cresça ao longo dos próximos meses. “Essa é uma prioridade. Precisamos de gente boa para executar.”

Agora que ganhou um novo sócio do porte do  Softbank, Braga afirma que terá de entregar melhor governança e mais profissionalização “para justificar esse volume de aporte". O banco japonês criou um fundo de US$ 5 bilhões para a América Latina — e já investiu em empresas como Rappi e Creditas.

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